terça-feira, 11 de maio de 2021

Alain Coulon e sua visão da entrada do estudante na vida Universitária

 O sociólogo Francês, Alain Coulon. Nascido em 12 de Outubro de 1947 é professor da Universidade de Paris 8 Vicennes saint-Denis em ciências da educação. Sua abordagem faz parte da sociologia qualitativa, da escola de Chicago e da etnometodologia, correntes da sociologia que ele ajudou a divulgar na França 2 . Seu trabalho tem se concentrado principalmente no ensino superior e educação.

Coulon foi abordado em nossa aula de Universidade e sociedade justamente por aspecto importante em um dos seus trabalhos, que é a preocupação de como tem que ser a entrada do estudante na Universidade.

Essa fase na vida do aluno, é tudo muito novo, tudo mais maximizado, o que impacta um pouco, elevando a pressão da concepção do estudante do que é a vida acadêmica. O impacto vária individualmente para cada pessoa, outras sente mais, outras sente de menos, o que afeta obviamente o desempenho em busca dos resultados.

Outra parte conflitante, é a frustração. Como é natural a maioria dos estudantes entrarem na Universidade empolgados, todos vão chegar com tudo querendo desfrutar desse novo ciclo de sua vida, e com isso vêm possivelmente o problema. Muitos ao conhecerem, ao se depararem com a realidade, podem-se se sentirem despreparados, entrando na vida acadêmica com uma perspectiva, e acabar vendo outra, o que leva o aluno se sentir frustrado.

Digo pela minha própria experiência como calouro da UFSB. Entrar na faculdade, é um sonho desde pequeno, que é ensinado pelos pais, professores e outros, o caminho para se obter conhecimento, e reconhecimento da sociedade como um cidadão que se empenhou e buscou se capacitar para trazer benefícios para si, para a família e para a própria sociedade. E chegar nesse objetivo de adentrar numa Universidade e se sentir incapacitado de realizar aquilo, é algo bastante difícil e dramático para o educando.

 Coulon destaca e da ênfase justamente nisso nesse quesito que é a afiliação. É bastante categórico em sua obra acerca da condição estudantil, iniciando seu livro com a seguinte afirmação: “A primeira tarefa que um estudante deve realizar quando ele chega à universidade é aprender o ofício de estudante”.

Para o autor, este aprendizado é o principal problema que os estudantes encontram para permanecer na universidade: “Aprender o ofício de estudante significa que é necessário aprender a se tornar um deles para não ser eliminado ou autoeliminar-se porque se continuou como um estrangeiro neste mundo novo”. Assim, ser um estudante "profissional", em oposição ao “amador” corresponderia à dedicação de um tempo significativo das vidas imediatas, exigindo aprendizado, domínio de ferramentas e manejo das regras.

 destaca que ser reconhecido como socialmente competente significa que os saberes adquiridos foram legitimados; caso este processo não se realize, ocorre o fracasso/abandono. As altas taxas de evasão, em especial no começo do curso, seriam decorrência de uma inadequação entre “as exigências acadêmicas, em termos de conteúdos intelectuais, métodos de exposição do saber e dos conhecimentos e os hábitos dos estudantes, que são ainda alunos.

Este momento de passagem se dá em meio a uma série de rupturas simultâneas, a exemplo de condições de existência, vida afetiva, bem como ruptura psicopedagógica: do tutelamento da escola básica para a autonomia.

Ainda mais destacadas seriam as rupturas com o tempo, o espaço e as regras do saber; aulas longas, regime semestral, ritmo de trabalho, deslocamento no campus seriam os principais aspectos quanto ao tempo e o espaço. Todavia as mudanças mais profundas dizem respeito à relação com as novas, numerosas e complexas regras da universidade; bem como a relação com o saber: lidar com a amplitude dos campos intelectuais, necessidade de síntese, ligações entre saberes e atividade profissional futura.

Enfim as ideias de Coulon é de importância eficácia, pois ajudam nesse processo de adaptação do aluno ao novo ambiente e estilo de vida. É tão relevante que inspirou o plano orientador da UFSB, na afiliação estudantil e da profissão de estudante.

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Pierre Lévy e sua visão da internet sobre a sociedade


 Pierre Lévy é filósofo, sociólogo e pesquisador em ciência da informação e da comunicação e estuda o impacto da Internet na sociedade, as humanidades digitais e o virtual. Nasceu no dia 2 de julho de 1956, na Tunísia, país do norte da África que na época era colônia da França, em uma família judia. Pouco se sabe sobre sua trajetória pessoal até 1980 (quando ele termina seu Mestrado em História da Ciência, na Universidade de Sobornne, em Paris).

Convencido do papel vital das técnicas de comunicação e dos sistemas de sinais na evolução cultural em geral, começa a pensar a "revolução digital na filosofia contemporânea, estética, educacional e antropológica. Lévy reafirma constantemente sua posição sobre a internet como um instrumento importante de desenvolvimento social.

O ambiente digital está presente diariamente no nosso dia-a-dia, intercalado em nossos intervalos, misturado com nossos afazeres. Hoje a internet é nosso maior portal de recebimento e compartilhamento de informações, ao mesmo tempo que eu recebo, eu também disponho de conhecimento. Trabalhando constantemente meu senso crítico, a partir que eu começo a partilhar minhas opiniões para o público, e não deixo reservado num caderno de anotações guardado na gaveta de minha bancada.

Essa é a versatilidade que Lévy menciona.  Para ele, a internet permite hoje que milhões de pessoas se dirijam a um vasto público nacional e internacional. Pessoas que não puderam publicar suas ideias nas mídias clássicas como a edição em papel, nos jornais ou aparecer em televisão, o fazem na internet. E toda uma performance de sistemas de comunicação que expande nossos horizontes do conhecimento.

Um tema abordado em nossa aula, foi a Cibercultura, que é por sua vez, uma forma de cultura surgida junto com o desenvolvimento das tecnologias digitais, que por sua vez ganha cada vez mais espaço entre a sociedade moderna o que leva consequentemente, a sua maior presença em todo o mundo, essa forma de cultura não é, em resumo, nada mais que uma grande ligação, disseminação e interação entre, praticamente, todas as formas de cultura existentes em todo o mundo. E para Lévy a Cibercultura é um movimento que oferece novas formas de comunicação, chama a atenção e promove a interconexão generalizada, formando uma grande rede.

Outros conceitos como Ciberdemocracia e Ciberespaço, também são relatados por Lévy. Segundo o pensamento dele, o virtual é uma nova modalidade de ser, cuja compreensão é facilitada se considerarmos o processo que leva a ele: a virtualização. O ciberespaço pode ser considerado uma virtualização da realidade, uma migração do mundo real para um mundo de interações virtuais. E e a Ciberdemocracia ela permite elaborar muito mais seus próprios problemas e questões e, eventualmente, submetê-los às autoridades políticas. O que parece ser uma boa forma para a democracia progredir.

Algo que começou a ser sonhado lá na década de 60, evoluiu e hoje se tornou essa rodovia cibernética mundial de informações, onde  inteligências individuais são somadas e compartilhadas por toda a sociedade. Mas que ainda não está na realidade de todos, pois segundo o site "AgênciaBrasil" 3 a cada 4 pessoas, tem acesso a Internet. Apesar de ser um número consideravelmente elevado, só 134 milhões de brasileiros tem esse acesso

Anísio Teixeira, e a sua grande contribuição para a educação atual


 Sem dúvidas, Anísio Teixeira é um dos grandes nomes para a evolução da educação brasileira. Foi idealizador de grande mudanças que marcaram a educação no século 20. É mais um dos grandes nomes, que a matéria de Universidade e Sociedade quis nos apresentar, e como sua importância contribuiu para o momento atual.

Anísio Spínola Teixeira (Caetité, 12 de julho de 1900 — Rio de Janeiro, 11 de março de 1971) foi um jurista, intelectual, educador e escritor brasileiro. Filho de fazendeiro, estudou em colégios de jesuítas na Bahia e cursou direito no Rio de Janeiro. Sob a influência dessa instituição, cogitou tornar-se jesuíta — sonho veementemente combatido por seu pai, que projetara uma carreira política para o filho. Ainda aos dezessete anos, teve sua inteligência reconhecida por Teodoro Sampaio, que o convidou a proferir uma palestra no Instituto Histórico e Geográfico da Bahia. 

Formou-se em 1922 na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro (atual UFRJ). Em 1924 já era inspetor-geral do Ensino na Bahia. em 1924, a convite do governador Góes Calmon, assumiu o cargo de Inspetor geral de ensino, cargo equivalente hoje ao de Secretário da Educação - iniciando sua carreira de pedagogo e administrador público. A fim de melhor desempenhar esta função viajou em 1925 para a Europa, onde observou o sistema educacional de diversos países — implementando em seguida várias reformas no ensino do estado.

Teixeira conseguiu ampliar o sistema educacional, privilegiando a formação de professores. Em sua terra natal, Caetité, reinaugurou a Escola Normal, que havia sido fechada por Severino Vieira em1901. Outro destaque é a criação do "Centro educacional  Carneiro Ribeiro" mais conhecido como escola Parque, situado na liberdade, um bairro populoso e pobre na cidade de Salvador. E também ajudou a fundar da UDF e a UNB.

Anísio era contra a educação como um processo exclusivo de formação de uma elite, e mantendo a maioria da população em estado de ignorância e analfabetismo, tendo apenas menos de 1/3 de pessoas chegando a 4ª série, dentre os 5 milhões de pessoas que estavam na escola. Se comovia com as dificuldades que o restante dessa população tinha de se integrarem em uma civilização industrial e alcançarem um padrão de vida de simples decência humana.

Ele acreditou muito nos benefícios da escola pública, tanto que na visão dele, uma democracia verdadeira só existiria no Brasil, por intermédio da escola pública. Em sala de aula remota, ao assistirmos um vídeo contando um pouco sobre a vida de Anísio Teixeira, podemos tirar várias ideias relevantes de sua visão sobre o ensino.

Reconhecido como missionário da educação, lutou rigorosamente pela a escola pública para todos, proporcionando o acesso as Universidades, deixando elas com mais igualdade. Em seus manifesto ele defendia claramente a ideia de uma escola gratuita, laica e obrigatória. Seus pensamentos entrava em conflito obviamente com os educadores católicos, onde não concordava com a separação da religião das escolas.

 Realmente era um modelo novo, e a sociedade não estava pronta para aceitar isso, mas Anísio queria da oportunidade para todos, e buscou isso com toda sua capacidade, fazendo com que até um momento fosse considerado comunista, e também a ser exilado por uns períodos que ainda assim, ele não deixou de buscar impor seus pensamentos, sendo venerado internacionalmente e atuando em grades universidades de renome.

Depois de muito tempo relegado ao esquecimento, a memória de Anísio Teixeira foi, com o fim da ditadura militar, aos poucos sendo resgatada, tendo suas ideias bastante presente nas Universidades até os dias de hoje. Sem dúvida, o maior passo neste processo, deu-se com o lançamento, em 1 de Outubro de 1993, da cédula de mil Cruzeiros Reais, lembrando o grande educador, que ficou em vigor até julho de 1994, quando foi substituída pelo Real.

O ano de seu centenário de nascimento, 2000 foi marcado por diversas homenagens. Muitas entidades educacionais ou, mais especificamente, pedagógicas, realizaram eventos em comemoração.

A influência de Paulo Freire nas Universidades


Nas aulas de Universidade e sociedade nos vêm sendo mostrado ,pelo o professor Joel, alguns autores, que são inspirações para a base do ensino da universidade, onde a Própria UFSB tenta seguir como exemplo para a aplicação de seus métodos, proporcionando uma qualidade de ensino melhor para os alunos, reforçando esses laços de ensinamentos entre docentes e discentes.

Nesse post, o premiado foi Paulo Freire, o qual o campus de Teixeira de Freitas o homenageou, batizando com o seu nome.

Irei relatar um pouco sobre ele, e sobre a sua visão de ensino para as universidades, baseadas em seu livro- Pedagogia da autonomia. Livro este que foi estudado em aula remota, os 2 primeiros capítulos.

Paulo Reglus Neves Freire, foi o patrono da educação brasileira. Ele era um educador e filósofo brasileiro, e foi considerado um do pensadores mais notáveis da pedagogia mundial. Nasceu em 19 de setembro de 1921 em Recife, estado do Pernambuco, e apesar de nascer em uma família de classe média, vivenciou a pobreza e a fome em certo período de sua infância. Com fazendo ele ter mais apreço aos necessitados, os ajudando com seu método de alfabetização. 
Sua prática didática fundamentava-se na crença de que o educando assimilaria o objeto de estudo fazendo uso de uma prática dialética com a realidade, em contraposição à por ele denominada educação bancária, tecnicista e alienante: o educando criaria sua própria educação, fazendo ele próprio o caminho, e não seguindo um já previamente construído; libertando-se de chavões alienantes, o educando seguiria e criaria o rumo do seu aprendizado.

Nos 2 primeiros capítulos do livro "Pedagogia da autonomia" foram tirados pontos importantes na visão de cada aluno, e no final pôde se ter uma vasta variedades de ideias, mas todas interligadas a real mensagem q Freire queria passar.

Formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas, esse educando deve ser o protagonista de seu percurso, se tornando um curioso investigador com visão crítica. É algo mais ligado ao aprimoramento, a inovação e a adaptação. Na formação de educandos, é necessário conectar a sua realidade de vivência ao tema que é preciso ser lecionado.

Na educação é preciso aceitar a evolução dos ensinos, e não ficar preso a métodos tradicionalistas, que se prendem muito a uma realidade, consequentemente, excluindo outras realidades. É preciso ser baseado no respeito e empatia, com uma boa capacidade de analisar, e ir totalmente contra a qualquer forma e atitudes preconceituosas, que inflija a democracia.

Para finalizar, uma citação: Não existe tal coisa como um processo de educação neutra. Educação ou funciona como um instrumento que é usado para facilitar a integração das gerações na lógica do atual sistema e trazer conformidade com ele, ou ela se torna a "prática da liberdade", o meio pelo qual homens e mulheres lidam de forma crítica com a realidade e descobrem como participar na transformação do seu mundo.
— Richard Shaull, com base em Paulo Freire
A docência é um desafio. Saber ensinar está interligado com a capacidade de inovação e conhecer o aluno.

Bibliografia e início do ano acadêmico

Alain Coulon e sua visão da entrada do estudante na vida Universitária

  O sociólogo Francês, Alain Coulon. Nascido em 12 de Outubro de 1947 é professor da Universidade de Paris 8 Vicennes saint-Denis   em ciênc...